Mundo de Nárnia | A fome de Edmundo foi sua prisão

A fome de Edmundo o aprisionou. Sua fome nunca foi de manjar turco, como poderíamos pensar ao ler ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa‘, de C. S. Lewis, mas de ser reconhecido como melhor que seus irmãos. Quando a coroa é oferecida a ele pela Feiticeira, ele não pensa em ser igual a eles, mas superior a eles. É isso que sobe a sua cabeça e ao seu coração.

Mas a sede de poder por poder fez com Edmundo o que faz com todo mundo. No final, quem faz tudo por ser superior a todos é alguém que vai se afastando dos outros e termina isolado e sozinho. No final, a tentação de estar acima o trai por deixá-lo distante de todos e vulnerável às mentiras da Feiticeira.

Isso lembra o episódio de Esaú e Jacó, em que o irmão mais velho é enganado por um prato de lentilhas. Será que também não estamos vendendo aquilo que é mais importante por um desejo temporário que não vai satisfazer nossa necessidade real?

Que possamos aprender com Edmundo a se arrepender desse desejo e a entender que ‘reinar sozinho’ não leva a lutar nenhum. Em 1 Pedro 2, o apóstolo diz que toda a Igreja foi chamada a ser sacerdócio real, não reinamos sozinhos. E nos Evangelhos, Cristo pede ao Pai para que aqueles que lhe servem sejam um como eles são, e nos lembra que quem quiser ser maior que seja o menor, pois em Seu Reino maior é o que serve, não o que é servido.

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