8 livros que todo cristão deveria ler

Somos feitos do que outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente.

Tzvetan Todorov

Ler é uma atividade recompensante. É uma honra ter como guia a pessoas que já pensaram profundamente sobre a vida cristã na terra, e já vivenciaram em outro tempo e lugar a muitas experiências e pensamentos que podem enriquecer nossa vida presente e fortalecer nossa fé.

Desejo, por meio deste post, trazer alguns livros dos quais não consigo desgrudar e que me trazem materiais novos pra reflexão em cada (re)leitura.

A ordem é alfabética. Com 4 livros de ficção e 4 de não ficção.

1. A morte de Ivan Ilich

Não existirei mais e então o que virá? Não haverá nada. Onde estarei quando não existir mais? Será isso morrer?

León Tolstoi, um dos maiores nomes do realismo russo, é o autor deste livro. A história curiosamente começa com a notícia da morte de Ivan Ilitch e deixa o leitor se perguntando quem era esse homem. O suspense nos é retirado pouco a pouco nos capítulos seguintes, que nos contam sua vida desde a infância, as dores de seus últimos momentos e sua reflexão que fez sobre sua vida. Será que seu coração esteve no lugar certo?

Leia a resenha completa com spoilers aqui.

2. As crônicas de Nárnia

E aí aconteceu uma coisa muito engraçada. As crianças não tinham ouvido falar de Aslam, mas no momento em que o castor pronunciou esse nome, todos se sentiram diferentes.

Durante os 7 livros de Nárnia, C. S. Lewis cria um universo paralelo onde as histórias refletem a nossa metahistória humana e nos fazem repensar temas relacionados a fé, ciência, esperança, Deus e muitas coisas mais. E cria, em minha opinião, o maior personagem de literatura fantástica que conheci, o amável e temível leão Aslam. Da coleção, meus favoritos são ‘O sobrinho do mago’ e ‘A última batalha’.

Conheça mais curiosidades sobre Nárnia aqui.

3. Até que tenhamos rostos

Se C. S. Lewis já havia nos surpreendido em outras de suas histórias por sua capacidade de trazer analogias cristãs em ambientes aparentemente ‘não cristãos’. Em ‘Até que tenhamos rostos’ ele o faz de maneira ainda mais profunda. Neste livro, ele traz uma nova abordagem ao conto de Cupido e Psique do ponto de vista da de Oruel, irmã desta última.

4. Cristianismo puro e simples

Durante a Segunda Guerra Mundial, a BBC chamou C. S. Lewis para trazer via rádio uma exposição clara da mensagem bíblica para o povo inglês que se via encurralado e sem esperança na guerra. Os programas foram adaptados ao fim da guerra e nos foram trazidos neste livro espetacular.

Leia a resenha completa aqui.

5. O Peregrino

O Peregrino‘ é clássico puritano escrito por John Bunyan durante sua estadia na prisão. O livro traz uma alegoria sobre um homem chamado Cristão, que acaba de se converter, em seu caminho em direção ao céu. Lembro de ter sido o primeiro livro ‘de verdade’ que li, pois a edição que tínhamos (e até hoje temos) em casa tinha muitas gravuras e isso, como criança, me ajudava na leitura.

6. Discipulado

O discipulado é de graça, mas lhe custará a sua vida.

Dietrich Bonhoeffer foi um pastor alemão, líder da Igreja Confessante (a resistência contra o nazismo) e foi morto acusado de participar de uma conspiração para matar Hitler uma semana antes do fim da guerra. Neste livro, ele traz uma visão transformadora sobre o discipulado cristão, a vida na Igreja e o sermão do monte. Bonhoeffer criticava o cristianismo conformista e a pregação da graça barata, que se omitia da entrega total a Cristo. Ele escreveu:

A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento do pecador, é batismo sem disciplina eclesiástica, é a comunhão sem a confissão de pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. (…) A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, pelo qual o ser humano vende feliz tudo o que possui; é a pérola preciosa pela qual o mercador oferece todos os seus bens; é o domínio do reino de Cristo, pelo qual o ser humano arranca o olho que o faz tropeçar; é o chamado de Jesus Cristo, pelo qual o discípulo deixa suas redes para atrás e o segue. (…) É preciosa sobretudo porque foi preciosa para Deus, porque custou a vida de seu Filho, e portanto não pode ser barato pra nós o que custou caro para Deus.”

Dietrich Bonhoeffer

7. Ortodoxia

G. K. Chesterton foi uma figura bastante fora do comum. Um dia perguntaram a vários jornalistas e escritores qual era o problema do mundo e enviaram a pergunta também a ele. Ele respondeu dizendo: “Eu. Atenciosamente, G. K. Chesterton”. Se isso ainda não te produziu curiosidade sobre o livro, veja sua motivação livro: “Tentei criar uma nova heresia; mas, quando já lhe aplicava os últimos remates, descobri que era apenas a ortodoxia”. O livro é repleto de sabedoria. Não é por acaso que Chesterton recebeu o título de ‘O apóstolo do senso comum’.

8. Verdadeira Espiritualidade

Neste livro, Francis Schaeffer, um dos maiores teólogos do século passado traz os temas principais da vida cristã de uma forma profunda e ao mesmo tempo simples. Nele, é abordada a salvação do crente baseada na sua morte para o mundo e na sua vida para Cristo. Espero que esses livros sirvam de alimento ao seu coração, assim como continuam servindo ao meu. 

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