Filme sobre Bonhoeffer, pastor morto pelo nazismo, será lançado em 2024

A Angel Studios, responsável por The Chosen e O som da liberdade, anunciou que lançará um filme sobre Dietrich Bonhoeffer em 2024. Ele foi um pastor conhecido pela resistência contra o Nazismo e por fazer parte da Igreja Confessante, que se recusava a seguir a Hitler. Ele foi signatário, junto a outros pastores que se colocavam em oposição ao nazismo, da Declaração Teológica de Barmen.


O produtor Komarnicki contou à Deadline que está honrado de contar essa história. “A mensagem de Dietrich de paz e coragem é tão urgente em 2023 quanto era em 1945.”

Já o presidente do Angel Studios, Jordan Harmon, comentou que “Nunca houve um tempo na história em que precisássemos lembrar mais da história de Bonhoeffer do que hoje. A Angel mostrou, vez após ve, que histórias verdadeiras de heroísmo impactam, e nos lembram do poder do espírito humano.”

Dietrich Bonhoeffer será interpretado por Jonas Dassler. E o filme contará com August Diehl (Bastardos Inglórios), Moritz Bleibtreu (Corra, Lola, Corra), Nadine Heidenreich (Die Flaschenpost-Insel), David Jonsson (Rye Lane), e Flula Borg (Esquadrão Suicida).


Quem foi Bonhoeffer?

Bonhoeffer foi professor em um seminário clandestino em Finkenwalde, que tinha o objetivo de formar pastores para a Igreja Confessante. Em 1937, o seminário foi fechado. Mas Bonhoeffer continuou a pregar, até que chegou a ser proibido de falar em público pelo regime nazista em 1940. Durante seus anos de pastorado, ele viajava frequentemente para conferências teológicas pela Europa. E arriscava a sua vida, aproveitando para secretamente ajudar a judeus a fugirem do regime nazista. Em seu livro mais famoso, Discipulado, Bonhoeffer criticava o cristianismo conformista e a pregação da graça barata, que se omitia da entrega total a Cristo.

Em 1939, ele se aproximou de um grupo de resistência e conspiração contra Hitler, constituído entre outros pelo advogado Hans von Dohnanyi (seu cunhado), pelo almirante Wilhelm Canaris e pelo general Hans Oster. Ele permaneceu na resistência até abril de 1943. Quando o descobriram por seu papel no resgate de judeus.

Bonhoeffer foi levado para a prisão de Tegel em Berlim, depois para o campo de concentração de Buchenwald e, por fim, para o de Flossenbürg, onde foi enforcado junto com outros conspiradores. Mesmo preso, ele continuou escrevendo. Suas cartas foram reunidas no livro Resistência e Submissão.

Quando foi preso, Dietrich estava noivo há 3 meses da cientista da computação Maria von Wedemeyer. Ela o viu pela última vez rapidamente em setembro de 1944 na prisão de Tegel. Mas eles continuaram trocando cartas. Em uma delas, ela diz que: “ao redor da minha cama, com giz, eu tracei uma linha grande como a tua cela. Há uma mesa e uma cadeira, como imagino que seja contigo. Quando estou sentada ali, parece-me quase que estou junto de ti”. 

O médico do campo que o acompanhou em suas últimas horas afirmou que viu o pastor “ajoelhado e orando fervorosamente a Deus”. E acrescentou que, no local da execução, ele orou novamente antes de subir os últimos degraus “corajoso e sereno”. “Nos quase 50 anos em que trabalhei como médico, nunca vi um homem morrer tão entregue a vontade de Deus,” relatou ele. Bonhoeffer faleceu um mês antes da rendição da Alemanha, em 1945.


Veja teaser:

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