Igreja é atacada na Nigéria durante celebrações de Páscoa

Um menino foi morto e três pessoas foram sequestradas durante as celebrações relativas à Páscoa na Igreja pentecostal Akenawe, no estado de Benue, Nigéria. O pastor Gwadue Kwahtyo estava conduzindo um culto de vigília quando pessoas entraram na igreja atirando. Suspeita-se que os ataques tenham sido realizados por fulanis, extremistas islâmicos que atuam em vários países africanos.

Segundo o jornal nigeriano Herald, o porta-voz do governo local disse: “No final da madrugada, ao primeiro raiar do dia, a igreja foi cercada por homens armados. Os cristãos locais estavam em vigília, orando, quando o ataque começou. Três pessoas foram sequestradas, um menino foi morto, duas pessoas foram feridas por um facão e estão se recuperando no hospital e outros tiveram ferimentos leves”.

A situação na Nigéria vem ficando cada vez mais difícil para os cristãos, com os ataques ocorrendo cada vez mais na parte norte do país, onde os cristãos são minoria. No ano passado, cerca de 80 cristãos morreram em uma série de ataques a vilarejos. Também há menos e um ano, a jovem Deborah Emmanuel Yakubu foi apedrejada e queimada após postar um agradecimento a Jesus por ter passado suas provas em um grupo do Whatsapp. Segundo a polícia, uma multidão a arrastou para fora de sua hospedagem, onde aconteceu o atentado.

Deborah foi apedrejada após postar agradecimento a Jesus em rede social.

E acontecimentos assim continuam a ocorrer na Nigéria, que recebe a classificação de maior violência contra cristãos segundo a ONG Portas Abertas. A ONU estima que mais de 2 milhões de pessoas se mudaram dentro do país e quase 300 mil se tornaram refugiados em países vizinhos devido à violência. Também se calcula que entre 7 e 12 mil pessoas morreram por sua fé desde 2015. Na raiz do conflito também se encontra a questão de recursos naturais no país. Por causa da mudança climática, o norte nigeriano tem ficado cada vez mais desértico, forçando os camponeses a se mudarem para o sul. Além disso, a população está crescendo em alta velocidade, incentivando a competição pela propriedade de terras.

Testemunhos de ataques a comunidades cristãs, igrejas e líderes são cada vez mais frequentes, e continuaram ocorrendo mesmo durante a pandemia do coronavírus. Em uma conferência de imprensa, o Arcebispo da Igreja Anglicana da Nigéria falou que “essas mortes acontecem especificamente em vilas cristãs. Os governos não querem falar sobre isso, incluindo o governo nigeriano, e eles sempre querem explicar os conflitos em termos de luta de fazendeiros ou de classes.”

Em épocas de festas cristãs como o Natal e a Páscoa, esse tipo de ataques tende a aumentar. Oremos pela igreja perseguida.


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