O bebê que abalou o mundo

Em 1914, o mundo enfrentava o maior confronto de sua história até aquele momento, posteriormente conhecido como a Primeira Guerra Mundial. Entretanto, chegando o dia do Natal, algo inesperado aconteceu. Os soldados da Tríplice Entente, formada por ingleses, russos e franceses, escutaram um som vindo do outro lado da chamada ‘terra de ninguém’ que imediatamente reconheceram.

Eles ouviram um soldado alemão que havia começado a cantar “Noite de paz, Noite de amor” em sua língua natal. E em resposta, seus inimigos de guerra (mas irmãos como por Criação) passaram a acompanhar a melodia, cada um em seu idioma. E logo, a batalha simplesmente deixou de ser opção. Esse foi o início do episódio que ficou conhecido como ‘A trégua de Natal’ ou ‘O milagre de Natal’. Quando os dois lados do conflito trocaram presentes, medicamentos, comidas e canções durante todo o feriado, e terminou sendo o último suspiro de esperança no conflito.

Infelizmente, o alto comando de guerra, quando soube do ocorrido, reiniciou os esforços bélicos no dia 26. Mas o episódio ficou marcado na memória dos soldados e na história das guerras. Os combatentes, apesar de adversários, baixaram as armas sob um canto que anunciava Aquele veio ao mundo para trazer reconciliação. Em suas mentes, não estavam os reis ou imperadores da época, mas o Rei dos reis que nasceu humildemente numa manjedoura na Galileia. Aquele que dividiu a história entre antes e depois de seu nascimento.  Aquele que reina para todo o sempre. Aquele a quem Charles Grant se referiu, quando disse que “Deus abalou o mundo com um bebê, e não com uma bomba”.

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